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Final de Semana: Alcatrazes um Paraíso Desvendado.

A ENORME PAREDEde granito emerge da água salgada e aponta para o céu. Em torno dos seus 316 metros de altura, uma revoada de fragatas toma conta do horizonte. A luz do sol também ilumina as asas de atobás e gaivotões que sobrevoam outras centenas de animais, entre residentes do pedaço e aqueles que estão de passagem por ali. Logo abaixo, raias-manta, golfinhos e baleias-jubarte se sentem em casa, circulando livremente pelas 13 ilhas que compõem o Arquipélago de Alcatrazes.

Esse precioso reduto da vida marinha, chave na biodiversidade dos oceanos, se manteve intocadopor décadas, envolto quase de uma aura “mítica”– mesmo estando a apenas 40 km da costa de São Sebastião, uma das regiões mais populosas do litoral norte de São Paulo. “Joia rara”, nas palavras de pesquisadores e ambientalistas, que há anos lutam por sua preservação, o local receberá pela primeira vez visitação pública neste segundo semestre de 2017, com atividades experimentais e monitoradas de mergulho e passeios náuticos.

A nova fase de Alcatrazes foi oficializada no último dia 31 de agosto pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável por sua gestão, feita de forma conjunta com a “vizinha” Estação Ecológica Tupinambás, que continua fechada ao turismo. Com 30 anos de vida, a Estação segue pelas águas do mar rumo ao norte, nas proximidades da ilha de Anchieta, em Ubatuba (SP). A novidade em Alcatrazes também culmina com o aniversário de um ano do Refúgio de Vida Silvestre, categoria atual do arquipélago dentre as Unidades de Conservação (UCs) integrais do território brasileiro.

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